quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A farsa de AB.

Pior do que ser absolutamente só, é estar acompanhada de um namorado real imaginário. Um paradoxo! Sim... e real! Sempre acreditei que qualquer sentimento deva ser cultivado a 4 mãos. Não adianta gostar sozinho, se preocupar sozinho, enfim: o sexo não é feito sozinho, por que o restante seria?
Assim como meu amigo Bebeto (sem duplos sentidos, por favor) , também estou cansada... cansada dos meus amores imaginários, onde a história ou é virtual ou é escrita a duas mãos apenas. Dos muitos pseudo amores que tive, amei um único homem em 30 anos, tentei inventar os outros; eis aí meu grave erro! Amor não se inventa! Se constrói, se sente! E eu nunca construí nada (digo que desta última vez tentei, mas conforme disse, a duas mãos não rola!).
Sabe quando AB não consegue nem ficar mais com raiva, explodir? É assim que eu tô. Absolutamente desmotivada. Isso é grave!
Acho que um certo alguém, lá em 1999 aprisionou minh’alma de tal forma que tive que enxergar que eu , a pessoa que mais critica quem usa máscaras, usei 1/3 da minha vida... o pior de tudo é ter olhado pra minha historia e ter sentido raiva, vergonha de mim. Eu era feito um robô de mim mesma: "se aquela pessoa parece, legal, por que você não se interessa por ela?" OU " aquele é o romântico que você sempre sonhou! não é uma boa investir nele?" Tudo máscara, tudo falso feito nota de 3 reais. Isso foi minha vida nos últimos 10 anos. Não desejo que continue a ser.
Fui aquilo que as pessoas sonhavam... nunca o que eu sou. Fui uma farsa.
Como diria Cazuza, não apenas um poeta, mas profeta:
O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa

Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica

O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu

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