quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Assim é se lhe parece...

Triste viver numa sociedade de máscaras... várias, diga-se de passagem! Tem a máscara que usamos nos almoços familiares, aquela utilizada no ambiente de trabalho, e ainda: a máscara usada nos relacionamentos, sejam de amizade, sejam amorosos. Temos medo da exposição. Preferimos uma vidinha morna a uma vida de verdade. Mais vale uma coisa incerta do que estar só. Ou seja, a velha sigla QMS - qualquer merda serve A peça interpretada por Zezé Polessa, "Não sou feliz, mas tenho marido" ,expõe essa situação, cada vez mais comum em nossa sociedade.
Seja no Orkut, em sites de relacionamentos como "Almas Gêmeas" etc. temos contato com todo tipo de anseio, busca, frustração. O medo que o ser humano sente da solidão faz com que se sujeite a todo tipo de privação, humilhação. Faz com que deixe sua condição humana ser jogada em uma lixeira, das mais fétidas.
Percebemos que aquelas antigas bases para uma relação estão totalmente fora de moda, ultrapassadas. Talvez , em algum brechó de seres humanos possamos encontrá-las.
Fato concreto que me choca (ainda) são mulheres que para manter uma "relação estável" são capazes de tudo. Inclusive de aceitar a traição e fingir que nada houve; sou do tempo que ao menos um esporro acontecia, um gelo de uma semana, ou algo parecido... mas não! Nem isso. Nada houve, o "ser amado" continua sendo muito amado, maravilhoso! Meus amigos me dizem que isso é absolutamente normal, que as mulheres não aceitam a traição quando envolve sentimento. Porra! Mas e a tal da confiança? E o chamado respeito pelo outro? Isso é menos importante?
A meu ver, essas mulheres têm sérios problemas.
Primeiramente: nem tem baixa auto estima. Simplesmente, nem possuem alguma.
Segundo: se acham lixos como mulheres, afinal, aceitam que seu amor jante fora pois ela mesma não é capaz de oferecer nada melhor.
Me causa espécie em pleno século 21 observar mulheres , até mais jovens do que eu, ter o comportamento das nossas bisavós.
O resultado disso é dizer ao viril da espécie: "pode continuar se divertindo , meu amor. Eu te amo de qualquer jeito! E não será uma qualquer que acabará com nossa linda história."
Pra mim, isso é a completa desvalorização do que se tem entre as pernas e entre os seios (antes que pensem besteira, é o coração).
Com essa atitude a leitura que eu, se fosse homem , faria é: está aberta a temporada de caça – com uma diferença – totalmente aberta, sem quaisquer meios para tentar disfarçar.
Conclusão: elas merecem colecionar traições.

AB

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