quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Polemizando


Já que eu não tenho porra nenhuma pra fazer esta noite, vou escrever. Desta vez sobre um tema que talvez a poucos interesse, mas que suscitou polêmica nas últimas eleições municipais, no Rio de Janeiro. O tema é a tal aprovação automática. Política esta que ficou em vigor até o final do ano passado. Nela, o aluno só ficaria reprovado na série inicial ou na série final (6o ou 9o anos do Ciclo ). Fora isso, todos aprovados, felizes da vida.
Muitos professores chiaram, acharam totalmente errado aprovar um aluno que sequer escreve o próprio nome de forma correta. "Como pode? E aqueles alunos que gostavam um pouquinho mais de estudar? Não iriam se sentir desestimulados, visto que independente de estudar ou não, todos chegariam ao final do ano aprovados?"
Acredito eu que a questão da educação vá muito além de simples conceitos como "aprovado" ou "reprovado". Educação necessita de estímulo. Que necessariamente deveria vir da família. Mas que família? (bem esse é outro tema).
Minha maior crítica nunca foi à aprovação automática, afinal pouco importa ao aluno se ele vai ser aprovado ou reprovado. Sua motivação principal ao ir à escola (falo de uns 75%) não é adquirir conhecimento. Acredito que isto seja uma obrigação imposta pela família que recebe algum benefício por manter seus filhos na escola . Esse excesso de proteção do Estado, creio que atrapalha mais do que ajuda nessa questão, afinal: o aluno além de receber um beneficio mensal só pra frequentar a escola, recebe gratuitamente: refeições (lanche e almoço), anda gratuitamente em ônibus (vai pra onde quiser, inclusive pode "matar" aula pra passear), ganha uniforme novinho todo ano, livros novinhos (que grande parte das vezes , destróem).
Por essas e outras não creio que modificar a forma de aprovação vá resolver alguma coisa.
Sempre fui a favor da aprovação para esse tipo de aluno – o que nada quer e que só faz gastar o dinheiro do meu e do seu imposto. Se ele não quer aprender nada de útil na escola, que vá logo pra vida! Lá ele vai aprender: sem o excessivo paternalismo dos nossos governantes e sem a proteção dos dirigentes das escolas que mais "passam a mão na cabeça" do que educam realmente. Lá a reprovação funciona para alguma coisa.
AB

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